O tempo está acabando para evitar que algumas
transformações climáticas e ambientais se tornem irreversíveis, como o
aquecimento global e o aumento do nível dos oceanos. É o aviso que manda a
conferência o Mundo Sob Pressão, que começou nesta segunda-feira, em Londres.
Os mais de 2800 cientistas, políticos e representantes de empresas reunidos
para o evento ouviram nos discursos de abertura que o impacto da humanidade no
planeta está provocando o que foi batizado de “A Grande Aceleração”.
O fenômeno pode ser definido como a perda de recursos e condições de vida em um
ritmo muito mais rápido do que era previsto.
- Os últimos 50 anos viram as mais rápidas transformações entre a relação
humana e o mundo natural. Muitas atividades se tornaram tão vorazes que no tempo
de uma única geração mudanças drásticas aconteceram nos ecossistemas. Nós
estamos presenciando a ‘Grande Aceleração’ - afirmou Will Steffen,
especialista em transformações globais da Universidade Nacional da Austrália.
De acordo com os palestrantes que abriram a conferência, muitos são os
indicadores que mostram que estamos perto de atingir um ponto onde
transformações prejudiciais serão irreversíveis: a maior concentração do
dióxido de carbono (CO2) na atmosfera, o aumento das temperaturas e dos níveis
dos oceanos, o degelo de montanhas e polos, a perda da biodiversidade, a
escassez dos recursos hídricos e o consumo irracional do atual modelo
econômico.
- Para onde estamos indo? A humanidade está alterando vários ciclos naturais
importantes, como o do carbono, água e nitrogênio. Estamos ultrapassando
limites que deveriam ser respeitados para a nossa própria segurança - alertou
Steffen.
Antropoceno
Muitos pesquisadores já defendem que o planeta entrou em uma nova era
geológica, um período marcado pelo profundo impacto de uma única espécie em
todos os ecossistemas – os humanos. O nome dessa nova era é Antropoceno.
Os cientistas estimam que as emissões de gases resultantes das nossas
atividades podem elevar a temperatura média do planeta em até 6°C nos próximos
100 anos. Um aquecimento dessa magnitude causaria a extinção de muitas espécies
e transformaria de forma drástica todas as regiões do planeta.
Entre as consequências atuais das mudanças climáticas apresentadas na abertura
da conferência estão a perda de 200 km cúbicos de gelo desde 1990 na Antártica
Ocidental e a acidificação dos oceanos, que provoca a morte dos corais e afeta
severamente muitas espécies marinhas.
Mas nem todas as projeções são desoladoras. Segundo a codiretora do Instituto
de Meio Ambiente da Universidade do Arizona, Diana Liverman, vários fatores que
estimulam as mudanças climáticas estão ficando mais lentos.
- O crescimento populacional está diminuindo, a intensidade de carbono e de
energia por unidade de produção está caindo, as tecnologias agrícolas estão
melhorando e o desmatamento declinando em diversas regiões - disse Diana.
O que a cientista defende é que sejam repensados os modelos de consumo mundial.
“Muitos países consumem de tudo em excesso, da água aos alimentos. Para piorar,
vemos que as nações emergentes estão seguindo pelo mesmo caminho, isso precisa
ser trabalhado. É necessário tornar o consumo racional um mantra mundial”,
declarou.
A conferência Mundo sob Pressão vai até a próxima quinta-feira e é o maior
evento sobre sustentabilidade antes da Rio+20 em junho. (Fonte/ Fabiano Ávila,
do Instituto Carbono Brasil).
Fonte: http://oglobo.globo.com
O tempo está acabando para evitar que algumas
transformações climáticas e ambientais se tornem irreversíveis, como o
aquecimento global e o aumento do nível dos oceanos. É o aviso que manda a
conferência o Mundo Sob Pressão, que começou nesta segunda-feira, em Londres.
Os mais de 2800 cientistas, políticos e representantes de empresas reunidos
para o evento ouviram nos discursos de abertura que o impacto da humanidade no
planeta está provocando o que foi batizado de “A Grande Aceleração”.
O fenômeno pode ser definido como a perda de recursos e condições de vida em um
ritmo muito mais rápido do que era previsto.
- Os últimos 50 anos viram as mais rápidas transformações entre a relação
humana e o mundo natural. Muitas atividades se tornaram tão vorazes que no tempo
de uma única geração mudanças drásticas aconteceram nos ecossistemas. Nós
estamos presenciando a ‘Grande Aceleração’ - afirmou Will Steffen,
especialista em transformações globais da Universidade Nacional da Austrália.
De acordo com os palestrantes que abriram a conferência, muitos são os
indicadores que mostram que estamos perto de atingir um ponto onde
transformações prejudiciais serão irreversíveis: a maior concentração do
dióxido de carbono (CO2) na atmosfera, o aumento das temperaturas e dos níveis
dos oceanos, o degelo de montanhas e polos, a perda da biodiversidade, a
escassez dos recursos hídricos e o consumo irracional do atual modelo
econômico.
- Para onde estamos indo? A humanidade está alterando vários ciclos naturais
importantes, como o do carbono, água e nitrogênio. Estamos ultrapassando
limites que deveriam ser respeitados para a nossa própria segurança - alertou
Steffen.
Antropoceno
Muitos pesquisadores já defendem que o planeta entrou em uma nova era
geológica, um período marcado pelo profundo impacto de uma única espécie em
todos os ecossistemas – os humanos. O nome dessa nova era é Antropoceno.
Os cientistas estimam que as emissões de gases resultantes das nossas
atividades podem elevar a temperatura média do planeta em até 6°C nos próximos
100 anos. Um aquecimento dessa magnitude causaria a extinção de muitas espécies
e transformaria de forma drástica todas as regiões do planeta.
Entre as consequências atuais das mudanças climáticas apresentadas na abertura
da conferência estão a perda de 200 km cúbicos de gelo desde 1990 na Antártica
Ocidental e a acidificação dos oceanos, que provoca a morte dos corais e afeta
severamente muitas espécies marinhas.
Mas nem todas as projeções são desoladoras. Segundo a codiretora do Instituto
de Meio Ambiente da Universidade do Arizona, Diana Liverman, vários fatores que
estimulam as mudanças climáticas estão ficando mais lentos.
- O crescimento populacional está diminuindo, a intensidade de carbono e de
energia por unidade de produção está caindo, as tecnologias agrícolas estão
melhorando e o desmatamento declinando em diversas regiões - disse Diana.
O que a cientista defende é que sejam repensados os modelos de consumo mundial.
“Muitos países consumem de tudo em excesso, da água aos alimentos. Para piorar,
vemos que as nações emergentes estão seguindo pelo mesmo caminho, isso precisa
ser trabalhado. É necessário tornar o consumo racional um mantra mundial”,
declarou.
A conferência Mundo sob Pressão vai até a próxima quinta-feira e é o maior
evento sobre sustentabilidade antes da Rio+20 em junho. (Fonte/ Fabiano Ávila,
do Instituto Carbono Brasil).
Fonte: http://oglobo.globo.com
1 comentários:
Com a ressurreição,
Jesus nos fez renascer como
“povo da Páscoa”.
Povo que assume
A causa pela qual ELE
Veio ao mundo:
“Que todos tenham vida...”
àqueles que buscam Paz,
dignidade humana,
Solidariedade e amor.
Feliz e abençoada Páscoa!
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